sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Convívio

“Ainda jovem, eu imaginava que um convívio seria harmonioso quando a outra pessoa se amoldasse às minhas idéias e, da mesma forma, quando às dela eu me ajustasse. Hoje, não aceito que essa mútua acomodação, quem sabe até abdicação, possa forjar um saudável relacionamento. Percebo o êxito de uma convivência quando cada um preserva as suas idéias, sem mutilação, com entusiasmo pelos benefícios das possíveis diferenças e até mesmo pelos novos conceitos que a relação faz aproximar. Jovem, imaginava ainda que para eu experimentar uma recompensadora convivência seria necessário dela extrair o melhor proveito. Embora inconscientemente, eu me empenhava obstinadamente para isso. O tempo me ensinou que para eu tirar da relação o melhor para mim, nela eu devo colocar o melhor de mim... Coisas simples como essas desfizeram, em mim, a noção da complexidade das relações...” ( Xamã Ererê - http://www.xamas.com.br/ )


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